Por: Ariana De Sousa
Todos
nós seres humanos nascemos com uma habilidade única, embora uns usem
menos que outros, temos algo que considero um “poder sobrenatural”, algo
primitivo concedido de um Ser divino. Você leitor deve estar se
perguntando: que “poder” é este? É simplesmente aquilo que nos
diferencia dos outros animais, o dom de pensar. Sim, isso mesmo, PENSAR.
Antes de responder a uma questão – tanto escrita quanto oral, antes de
tomar uma atitude ou apresentar um seminário e até mesmo antes de falar,
somos automaticamente induzidos a pensar, e muita das vezes, se não
posso dizer sempre, somos egoístas, ignorantes e até discriminadores por
não saber da eficiência deste dom... Sagrado dom. Ao expressar nossas
opiniões sobre determinados assuntos nos tornamos insensíveis talvez
devido à criação, talvez a crença, talvez experiência de vida ou a falta
de conhecimento.
Mas no mundo em que vivemos e no século em
que estamos não dá mais pra cometer estes erros, digo isto porque somos
brasileiros e por se tratar de Brasil, lidamos com diversas culturas as
quais nem sempre são compreendidas por certos grupos de pessoas ou
comunidades vamos assim dizer.
Nosso país está coberto por uma diversidade de costumes como, por
exemplo, o modo de vestir, o modo de comunicar, de cultuar diferentes
valores, de se pôr às diversas situações, enfim literalmente
diversificado.
A essa diversidade de costumes é dado o nome de Pluralidade Cultural.
Pluralidade cultural é um assunto muito extenso a ser falado, entretanto
serão abordados diversos assuntos no decorrer das próximas edições.
Eis aí a resposta para tantos conflitos. Trazendo isso para o nosso ambiente escolar, vamos parar pra pensar, voltaremos agora ao primeiro ano do ensino médio... Quando entramos em um novo universo onde tudo para nós soava diferente, com pessoas que nunca vimos, com costumes absurdos, com manias irritantes e gênios piores ainda e o pior de tudo é que tínhamos que conviver com elas o dia inteiro algumas vezes, mas se você, aluno do Pasquale, sobreviveu até o terceiro ano e ainda convive com essa mesma pessoa eu te pergunto: o que te fez permanecer nessa convivência? O fato de simplesmente suportar ou você aprendeu a conviver com essa pessoa respeitando suas limitações? Creio eu que não foi a primeira opção até porque ninguém é obrigado a suportar o que não quer principalmente pessoas e seus costumes, porém creio que por mais difícil que tenha sido, você aprendeu a, não digo aceitar, mas respeitar os costumes, os gostos, as crenças etc. dessa pessoa.
Mas afinal, onde quero chegar? Em três anos de estudo nesta instituição educacional de formação de professores, pude analisar através da convivência com muitas pessoas o quão difícil é a aceitação de costumes diferentes dos nossos, e, através de minha pouca experiência gostaria de fazer com que vocês novos, medianos e antigos alunos refletissem um pouco mais sobre a questão do respeito ao próximo independente de gostarmos ou não, não é necessário uma aceitação e sim um respeito, ou melhor, o respeito.
Penso que ninguém é aquilo que veste aquilo que fala, mas sim uma parte
dela está contida nisto. Às vezes as aparências enganam e para evitarmos
julgar um livro pela capa, vamos ao menos tentar entender qual a razão
do outro indivíduo estar fazendo o que faz.
Somos os futuros professores de amanhã onde pequenos indefesos
dependerão de nós, e devido a isto precisamos aprender a lidar com essas
diferenças, não apenas por teorias de Piaget ou Vygostky, mas de uma
forma assistemática, ou seja, através de trocas de experiências com
outros indivíduos, desta forma ensinamos e somos ensinados, sem
discriminações, sem racismos, sem complexos de superioridade, mas todos
juntos nessa caminhada do conhecimento
Pluralidade cultural é um assunto muito extenso a ser falado, entretanto serão abordados diversos assuntos no decorrer das próximas edições. Espero que tenham gostado e até a próxima!